E eu sei, que provavelmente, você já ouviu e leu isso algumas vezes.

É claro que a maior parcela de responsabilidade sobre nossa vida e nossas escolhas, é exclusivamente nossa.

E que devemos nos orientar nos caminhos que trilhamos, sem permitir que o automático esteja ativado o tempo todo.

Estamos aqui para conhecer e criar histórias.

Isso é valioso.

Isso depende de nós.

Mas ao mesmo tempo, esse discurso de “tudo” estar nas nossas costas é ilusório.

E o momento atual nos mostra isso com a clareza de um balde de água bem fria caindo sob as nossas cabeças.

Nossas vivências são atravessadas a todo momento pelo que acontece ao nosso redor, nossas emoções são influenciadas por estímulos que não esperamos receber, e de repente nos deparamos com discursos limitados que nos dizem que “é só querer, é só fazer”.

Sim, a força motora da sua vida é você.

Mas se há tanto caos fora, é impossível não haver um certo caos dentro.

Estamos nos orientando no mundo, todos os dias nos adaptamos a algo novo, e para isso é necessária muita paciência e tolerância com nossos erros, incongruências, cansaços e angústias.

Saiba que a maneira como você se trata diante do que te envolve externamente é muito importante, mas não se cobre nesse nível desumano por achar que sempre deveria estar “fazendo mais”.

Preste atenção nos detalhes, se apegue as pequenas alegrias cotidianas, cuide da sua saúde, olhe pra você, se poupe do que rouba sua energia e não devolve.

Mas não se esqueça que milhares de coisas acontecem aqui fora, que vivemos em sociedade, que somos criados e educados em grupo. Não tem como falar do ser humano sem considerar o meio.

 

Espero que esse post te ajude a suavizar seus ombros tensos, e que te faça refletir sobre os pesos que você carrega com tanta culpa.

 

Com carinho, Carine!